Em observação, na clínica - 4
Hoje é segunda-feira. São 11h03.
Estou na clínica de cirurgia da obesidade mórbida, em
Botafogo, aguardando ser atendida.
Estou sentada na recepção, com outras duas senhoras e a
recepcionista. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. Ao meu lado
direito, a porta por onde as pessoas entram e saem. Ao meu lado esquerdo, parte
do sofá vazio.
Dagmar passa na minha frente.
- Alo Fátima? É Dagmar, espera um pouquinho só.
Abre a porta e sai, e fecha a porta atrás de si. A porta
abre. Dagmar entra.
- É mesmo? Eu fiquei muito feliz de saber dessa história.
Ela fala ao celular. É uma senhora, branca, magra, baixa,
cabelo vermelho.
Uma mulher está na minha frente. É alta, gordinha, cabelo
castanho, liso, preso. Veste calça jeans, blusa preta e sapatilha preta, e
bolsa preta.
Dagmar entra para a consulta.
A mulher entra. Ela volta e senta-se. Ela passa novamente.
- Mas faz parte. Mas tá bom então. Tchau gente, fica com
Deus.
Ela passa ao meu lado, abre a porta, sai, e fecha a porta
atrás de si.
Agora, na recepção, apenas eu e a outra paciente.
Dagmar retorna e está na minha frente. Ela é baixa, magra.
A porta abre. Entra um casal e ficam parados na minha
frente. Agora, só a moça do casal parada na minha frente. Ela é branca, alta,
magra, loira, cabelo liso. Ela veste uma bermuda jeans, blusa branca, sandália
bege e bolsa bege.
- Oi, bom dia. Tudo bom? Tudo bom. Deixa eu ver aqui. Toma.
Tá.
Agora, na recepção eu, o casal e a Diana.
Dagmar passa novamente pela recepção. Agora, na recepção eu,
o casal, dona Dagmar e a Diana.
- Eu sei como é que é. Mas eu sei, mas eu trabalhei com esse
tipo de profissional. Tchau.
Ela passa pela minha frente, abre a porta, sai, e fecha a
porta atrás de si. Agora, na recepção eu, o casal e a Diana.
Isabel, agora, fica na minha frente.
- Tá. Hoje ele não tá aí não. Ah, é?
Ela senta novamente.
O rapaz do casal levanta e passa na minha frente. É branco,
alto, magro, cabelo castanho, curto. Veste calça jeans, blusa polo azul marinho
e tênis preto. Está de pé, lendo as coisas do mural, com os braços cruzados.
Ele coça as costas e senta novamente.
A campainha toca. Um rapaz entra.
- Bom dia. Bom dia, eu tenho uma consulta agora. Kleber. Tá
aqui. Aqui. Isso.
Kleber é branco, alto, gordo, cabelo curto, preto. Veste uma
calça jeans preta, blusa polo amarela, sapato preto e bolsa marrom.
A mulher passa na minha frente novamente.
- Marquei. Tá vindo aí.
- Fala, bom dia. Na minha são quinze, cara. Pedal são dois
par. Na minha são quinze. Hoje são trinta-e-dois. Ai, meu Deus do céu.
- Ta aqui, filha.
A mulher, agora, senta.
Na minha frente, agora, só o Kleber. E, na recepção, eu, a
mulher, o Kleber e a Diana.
Kleber está de pé, com a mão na cintura. Fala ao celular.
Fecha a bolsa.
- É trinta-e-dois mais três. Isso. Isso. Nada.
Ele desliga o celular. Guarda na bolsa. Ajeita a blusa.
Funga. Ajeita a blusa. Tem a mão na cintura.
Diana sai.
Kleber funga. Le algumas coisas sobre o balcão da recepção.
Ajeita a calça e a blusa.
Diana volta. Diana sai.
Doutor Luiz Carlos abre a porta e entra.
- Oi.
Ele entra.
Débora volta.
Kleber senta.
Débora sai.
Agora, na recepção, eu, Kleber e Vera.
Diana volta.
Agora, na recepção, eu, Kleber, Vera e Diana.
Vera passa.
- Obrigada. Tchau.
Ela sai e fecha a porta atrás de si.
Kleber e Diana saem. Agora, estou sozinha na recepção.
Diana volta. Agora, eu e Diana na recepção.
Kleber volta. Agora, eu, Diana e Kleber na recepção.
Kleber levanta, assina algo na minha frente e senta
novamente.
Uma mulher entra. Ela sai.
Diana sai. Agora, na recepção, só eu e Kleber.
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