Quem é que tem diagnóstico...?
[Escrito em 31 de agosto de 2024]
Era um sábado, por volta das 11h00.
Eu estava na rua do Ouvidor, atravessando da Rio Branco em direção à Uruguaiana.
A calçada ali da rua do Ouvidor, entre a Rio Branco e a Gonçalves Dias é curtinha e eu vi, no sentido contrário a mim, uma família, que parecia ser mãe, pai, uma filha adolescente e um menino de talvez uns quatro, cinco anos.
Ele usava o colar de girassóis, que já aprendi que é uma sinalização - para a sociedade - que ele é tem TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Saí da calçada e fui para a rua, que normalmente não passa carros por ali, para deixar a calçada livre para a família.
- Boa tarde!
O pequeno me cumprimentou, em alto e bom som.
- Boa tarde! - eu respondi.
A mãe deu um sorriso pra ele e pra mim.
Ele pegou na minha mão e me colocou de volta à calçada.
- Aqui, ó. Seu lugar é na calçada. Volta, volta.
Eu segui meu caminho, emocionada com a doçura e, caminhando, olhei pra trás. Ele olhava pra mim, também olhando pra trás, e deu um tchau com a mão.
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