O seu nome é Polyana, com Y mesmo. Porque a mãe, desde nova, é ligada em coisas de numerologia. Na adolescência, na escola, os amigos começaram a chamá-la de Poly e ficou. Se alguém pergunta seu nome, ela logo diz: “Poly, com Y, mas não a mesma daquele livro”. Toda explicativa. Não sei bem a sua idade hoje. Na aparência, parece mais jovem. No mundo de dentro dela mesma, parece mais velha. O que, das duas formas, é ótimo mesmo. Nasceu numa família tradicional mamãe-papai-vovô-vovó da Zona Norte do Rio. Estudou em escola pública, e sempre foi uma boa aluna. Os professores admiravam ela pelas notas. Nem sempre pelo desempenho em sala. Entrava em silêncio, saia em silêncio. Das aulas, da escola. Mas não das amizades. Poly sempre foi menina e mulher de poucos e bons amigos. Desde nova. As amizades vêm e ficam. Algumas vêm e vão. Mas gosta desta fluidez das relações, dos amigos-livres, que podem ir, desaparecer, voltar. Mas que estão pra sempre dentro dela. Nas suas memórias e lembranças. Po