Fotografando Gente

Hoje é sexta-feira. São 14h56. Estou no Espaço Anil Saúde Tijuca, sentada na recepção. Ao meu lado direito, uma cadeira azul vazia. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira azul vazia. Na minha frente, uma mesa de atendimento. - Posso sim. Tudo bem. 07499372707.  Na mesa de atendimento, na minha frente, um computador, teclado, mouse, câmera, totem. - Chegou um token. Tá ótimo. Muito obrigada.

Hoje é quinta-feira. São 13h01. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente carregando uma bolsa preta e um capacete. Uma mulher passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa preta e um celular. Eles conversam. Estou na Smart Fit, sentada na cadeira de massagem. Ao meu lado direito, uma cadeira de massagem vazia. Ao meu lado esquerdo, uma pequena mureta. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. Uma mulher passa na minha frente carregando uma bolsa e um celular. Ela é branca, magra e alta. Tem o cabelo curto e liso.  Um homem passa na minha frente carregando um celular. Ele é branco, magro e alto. Tem o cabe...

Hoje é quarta-feira. São 08h00. Estou no consultório, sentada à mesa. Ao meu lado direito, uma porta aberta. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira vazia. Na minha frente, uma cadeira vazia.  Por aqui, luzes acesas e tudo silencioso. O celular bipa. Whatsapp do Pablo. Volto ao silêncio.

[Escrito em 12 de dezembro de 2024] Era quarta-feira. Cerca de 16h00. Peguei o 415, no Rio Comprido. Pra quem não conhece, este ônibus faz Usina - Lagoa, passando pela Tijuca, Centro, Botafogo, Copacabana, Ipanema e Lagoa. Na Central, comumente, sempre entram muitas pessoas pela porta de trás do ônibus, sem pagar.  Pessoas, vale dizer: homens. Pretos. Pobres. Sujos. Fedorentos. Fazendo barulhos.  Os passageiros ficam com medo. O clima no ar é de sempre perigo e mal estar.  Eu estava no banco próximo à porta de descida do ônibus. Lendo Grada Lomba, uma psicóloga preta, que escreveu a tese de doutorado, esta que eu lia, sobre racismo. Livro belo, lindo, e necessário. Um desses homens que entrou sentou ao meu lado. Eu estava na janela.  Era um homem preto. Fedorento. Descalço.  Meu corpo se tensionou. Imediatamente: você está lendo um livro sobre racismo, Luana. É só um homem preto que fede. Só isso. Ele não é perigoso e não vai te assaltar. Pode te assaltar? Pode....

Hoje é segunda-feira. São 18h29. Estou no consultório, sentada à mesa. Ao meu lado direito, uma porta aberta. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira vazia. Na minha frente, uma cadeira vazia.  Por aqui, luzes acesas e tudo silencioso. O celular bipa. Direct do André. Volto ao silêncio. O celular bipa. Direct do Quarto 406. Volto ao silêncio.

Hoje é domingo. Um homem passa na minha frente. Ele é negro, magro e alto.  São 09h38. Estou na Smart Fit. Um homem passa na minha frente carregando um celular. Estou sentada na cadeira de massagem. Ao meu lado direito, um bebedouro. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira de massagem vazia. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Eles estão juntos, de mãos dadas. Um homem passa na minha frente. Ele é branco, magro e alto. Usa boné azul. Uma mulher passa na minha frente carregando uma garrafa preta e uma bolsa marrom. Ela é branca, magra e alta. Tem o cabelo preto e comprido. Uma mulher passa na minha frente carregando um celular, um fone de ouvido branco, chaves do carro e um documento que parece habilitação. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa. Eles estão juntos e passam conversando  Um homem passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Uma ...

Hoje é sábado. São 07h05. Estou no ônibus 220, sentada.  Ao meu lado direito, uma janela fechada. Ao meu lado esquerdo, um banco vazio. Na minha frente, um banco vazio.  O celular bipa. Direct que chegou. Bipa novamente. Email que chegou.

Hoje é sexta-feira. São 09h46.  Estou na Smart Fit, sentada na cadeira de massagem. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa.  Uma mulher passa na minha frente carregando uma mochila. O celular bipa. Whatsapp do Adilson, do Bradesco.  Ao meu lado direito, uma cadeira de massagem vazia.  Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa. Ele é negro, magro e alto.  Ao meu lado esquerdo, uma pequena mureta. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. O celular bipa. Whatsapp do Adilson, do Bradesco.  Um homem passa na minha frente. Ele é branco, gordo e alto. Tem o cabelo grisalho. Uma mulher passa na minha frente carregando uma garrafa verde. Ela é branca, magra e alta.  Uma mulher passa na minha frente carregando uma garrafa.  Uma mulher passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Uma mulher senta na cadeira de massagem ao meu lado direito carregando uma bolsa preta e uma garr...

Hoje é quinta-feira. São 12h22. Estou na Smart Fit, sentada na bicicleta.  Ao meu lado direito, uma bicicleta vazia.  Um homem passa na minha frente carregando um celular. Ele é branco, magro e alto. Ao meu lado esquerdo, uma bicicleta vazia. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. Um homem passa na minha frente carregando uma mochila preta. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa preta. Ele é branco e alto.  Uma mulher passa na minha frente carregando uma mochila colorida. Ela é negra e magra.  Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa e um celular branco. Ele é branco, magro e alto. Tem o cabelo preto e curto. Um homem passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente carregando uma garrafa preta. Ela é negra e magra.  Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Ele é branco, magro e alto. Tem o cabelo preto, curto e é calvo no alto da cabeça. Um homem passa na minha frente. Ele é negro, magro e a...

Hoje é quarta-feira. São 06h58. Estou no consultório, sentada à mesa. Ao meu lado direito, uma porta aberta. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira vazia. Na minha frente, uma cadeira vazia.  Por aqui, luzes acesas e tudo silencioso. O celular bipa. Notificação do Pedômetro. Volto ao silêncio. O celular bipa. Direct do Quarto 406. Volto ao silêncio.

[Escrito em 02 de dezembro de 2024] A música é My Way, de Frank Sinatra. Pra ela, a música mais linda de todas do mundo. Ela sempre gostou de dançar. Desde pequena.  Seja sozinha, no quarto, no antigo walkman. Seja nas boates. Ou na dança de salão. Mas a sua lembrança é com 13 anos, quando foi ao aniversário de quinze anos da prima mais velha, que era muito sua amiga. Tocou a valsa. A prima dançou. E mais valsas para os convidados adentrarem a pista.  Foi então que tocou My Way e seu pai a tirou pra dançar. O mundo parou. Ela dançou. E rodopiou. E riu. O pai sabia dançar. E ela, apesar da pouca idade, também.  Este ano, fazem 32 anos deste dia.  Seu pai se foi há dois anos. E em um domingo, enquanto ela tomava café da manhã com o marido na padaria, tocou My Way. Bem baixinho. Aquela música ambiente... Olha a música. O marido sabia.  E ela parou de tomar café e de comer. E chorou. Estava de novo na pista de dança, com 13 anos, bailando com o pai. Só sentindo saud...

Hoje é segunda-feira. São 17h32. Estou na Hair Man Barber Shop, sentada. Ao meu lado direito, a bolsa do André da Pano Plano e uma sacola da Drogaria São Paulo. Ao meu lado esquerdo, uma parede. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam.  - Pede pra fazer a barba. Um homem passa na minha frente. Ele é branco, magro e alto. Tem o cabelo preto e curto. Tem bigode e barbicha pretos. Veste uma calça de brim bege e uma blusa pólo preta escrito em branco Hair Man Barber Shop na frente e atrás. Ao lado da blusa na manga, um desenho de pente e tesoura. Veste um tênis preto. Usa um relógio dourado no pulso direito. Usa uma aliança de ouro de casado na mão esquerda.  Um homem passa na minha frente. Ele é branco, magro e alto. Tem o cabelo preto e curto. Veste bermuda preta e blusa branca. Carrega um celular. Um homem passa na minha frente. Ele é branco, gordo e alto. Tem o cabelo preto e curto. Veste blusa preta. 

Hoje é domingo. São 09h10. Estou na Smart Fit, sentada na bicicleta. Ao meu lado direito, uma bicicleta vazia  Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Ele é branco, magro e alto.  Ao meu lado esquerdo, uma bicicleta vazia. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. Uma mulher passa na minha frente. Um homem senta na bicicleta ao meu lado direito.

Hoje é sábado. São 07h08. Estou no ônibus 220, sentada. Ao meu lado direito, uma janela fechada. Ao meu lado esquerdo, um banco vazio. Na minha frente, um banco vazio.

-  Oi Fábio, boa noite. Tudo bem? Meu código é 5458. Ih, não bati. Você aceita PIX? Tá, obrigada. O celular bipa. Direct do André. - Não entendi. Tudo bem, pode ser. É porque ali, é bem perigoso. É, eu morei ali bem pertinho. O Uber te manda pelo trajeto menos congestionado, né? Entendi. Hoje é sexta-feira. São 18h59. Estou no Uber, sentada. Ao meu lado direito, porta e janela fechadas. Ao meu lado esquerdo, minha sacola rosa em cima do banco. Na minha frente, um banco vazio.  O celular bipa. Notificação do Pedômetro. Bipa novamente. Whatsapp da Ana. - Gente... Que merda, que a gente veio por aqui. Não, eu fico preocupada com o seu carro. Exato... O celular bipa. Whatsapp da Suzana. Já vou preparar o PIX aqui pra você. Ah, pode ser o qrcode. Perfeito. Sem problemas.

Hoje é quinta-feira. São 13h04. Estou na Smart Fit, sentada na bicicleta.  Ao meu lado direito, uma bicicleta vazia. Ao meu lado esquerdo, uma bicicleta vazia. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam.  Uma mulher passa na minha frente carregando uma bolsa preta. Ela é branca, magra e alta. Tem o cabelo preto, preso em um coque. Veste uma blusa regata preta. Uma mulher passa na minha frente carregando uma bolsa preta e uma garrafa amarela. Ela é branca, magra e baixa. Tem o cabelo comprido e cacheado.  Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. - Pra você também. Um homem passa na minha frente. Ele é branco, gordo e alto. Tem o cabelo branco e é calvo no alto da cabeça. Uma mulher passa na minha frente carregando uma bolsa bege. Ela é branca, magra e alta. Tem o cabelo castanho e curto. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa branca. Ele é negro e magro. Um homem passa na minha frente carregando uma garrafa branca da Dux....

Hoje é quarta-feira. São 06h26. Estou no ônibus 220, sentada. O celular bipa. Whatsapp do André. Ao meu lado direito, um banco vazio. Ao meu lado esquerdo, uma janela fechada. Na minha frente, um homem sentado. Ele é branco. Tem o cabelo curto, liso e castanho. É bem calvo no alto da cabeça. Tem barba grisalha. Olha para fora da janela. Olha para dentro do ônibus. Olha para fora da janela. Olha para baixo. Olha para fora da janela. Veste uma blusa pólo cinza. Olha para baixo. Olha para fora da janela. Olha para baixo. Olha para fora da janela. O celular bipa. Notificação da agenda.  O homem sentado na minha frente olha para baixo. Olha para fora da janela. Seu cabelo é bem claro e bem fino e ele tem pouco cabelo. Mas a barba é volumosa e grisalha, mais escura que o cabelo. Apesar de branco, parece queimado de sol. Sua barba é serrada. Tosse. Olha para dentro do ônibus. Olha para fora da janela. Olha para dentro do ônibus. Olha para fora da janela. Olha para dentro do ônibus. Olha p...

[Escrito em 02 de dezembro de 2024] - Não é, pai? - Oi? - O quilo do quiabo tá doze real. - Ahh. - Na feira, né? ... - Mas e o frango caipira? - O que que tem? - O frango é caríssimo. Trinta real.  - Caramba. - E frango com quiabo é bom. - Você gosta? - Gosto. Aí nós robamo. - Roubaram? De quem?  - Do moço lá que cria frango caipira. Robamo vivo. Monte de frango. Tudo gritando lá. Cocó, cocó. Ele sabe quantos frango tem? Não sabe. Nem nós. Botamo um no saco e levamo. - Ah, caramba... - Falta só o quiabo agora...

Hoje é segunda-feira. São 12h00. Uma mulher passa ao meu lado esquerdo. Um homem passa ao meu lado esquerdo. O celular bipa. Notificação do Pedômetro. Estou no restaurante Di Parmo, sentada à mesa. Uma mulher passa ao meu lado esquerdo carregando uma bolsa preta. Ela é negra, gorda e baixa.  Ao meu lado direito, uma cadeira vazia. Ao meu lado esquerdo, um corredor por onde as pessoas passam. Na minha frente, uma cadeira vazia.  Uma mulher passa ao meu lado esquerdo. Ela é branca. Um homem passa ao meu lado esquerdo. Ele é branco.  Uma mulher passa ao meu lado esquerdo. Um homem passa ao meu lado esquerdo. Uma mulher passa ao meu lado esquerdo. Ela é branca, gorda e alta. Uma mulher passa ao meu lado esquerdo carregando um caderno. Uma mulher passa ao meu lado esquerdo. Uma mulher passa ao meu lado esquerdo. Um homem passa ao meu lado esquerdo.  Uma mulher passa ao meu lado esquerdo.   André passa ao meu lado esquerdo carregando uma bolsa da Pano Plano e um ...

Um homem passa na minha frente. Hoje é domingo. São 09h47. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Estou na Smart Fit. Um homem passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Estou sentada na cadeira de massagem.  Ao meu lado direito, um bebedouro. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira de massagem vazia. Uma mulher passa na minha frente. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente carregando um celular. Uma mulher passa na minha frente. Ela é negra e magra.  Um homem passa na minha frente. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. Um homem passa na minha frente. Ele é branco, magro e alto. Uma mulher passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Ele é branco e magro. O celular bipa. Direct da Marília. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha frente. Ele é branco e gordo. Um homem passa na minha frente. Um homem passa na minha fr...

Hoje é sábado. São 06h46. Estou no ônibus 220, sentada.  Ao meu lado direito, uma janela fechada. Ao meu lado esquerdo, um banco vazio. Na minha frente, um banco vazio.  O celular bipa. Direct do Instagram.

Hoje é sexta-feira. São 13h06. Estou no salão Maria Bonita, sentada. Ao meu lado direito, um carrinho com coisas em cima. Ao meu lado esquerdo, um frigobar vermelho com um papel toalha em cima. Na minha frente, um vão por onde as pessoas passam. Viviane passa na minha frente. Veste uma calça legging preta e uma blusa pólo rosa.  O celular toca. Despertador. O celular bipa. Workchat da Victória. Bipa novamente. Workchat da Yasmin.

Hoje é quinta-feira. São 12h56. Estou no táxi, sentada. Ao meu lado direito, porta e janela fechadas. Ao meu lado esquerdo, meu livro em cima do banco. Na minha frente, um banco vazio.  - Quando o senhor virar na Barão, pode virar já encostando na direita, por favor. Atrás daquele carro está ótimo. Aqui, seu Paulo, transferi para o senhor. Muito obrigada.

- Oi Ricardo, meu código é 6820. Ah, desculpa. Hoje é quarta-feira. São 20h10. O celular bipa. Notificação do Nubank. Estou no Uber, sentada. Ao meu lado direito, porta e janela fechadas. Ao meu lado esquerdo, um banco vazio. Na minha frente, um banco vazio.  O celular bipa. Whatsapp do André.

Hoje é terça-feira. São 15h15. Estou no Shopping Downtown, sentada na praça de alimentação. Ao meu lado direito, uma cadeira vazia e um vão por onde as pessoas passam. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira vazia e minha bolsa em cima da mesa. Na minha frente, duas cadeiras vazias.  O celular bipa. Direct do Quarto 406. Bipa novamente. Notificação da Amil. - Muito obrigada. Pode, por favor, muito obrigada. André senta na minha frente.

- Eu não. Mentira. Ah, que delícia. Eu gosto de roupa nova pro réveillon. Que barato. Que máximo. Eu gosto também. Dá comida, né? Ah, que delícia. Passa o dia na cama, né? Poxa, adoro. Claro.  Hoje é segunda-feira. - É mesmo. Eu ainda queria pegar uma praia. É mesmo. É mesmo. Sim. É mesmo. Tadinha, que delícia. Você em casa? Você mora aonde, Lúcia? Ah, sei. Claro. Que delícia. Eu também. São 11h22. - Aí.  Estou no Office Pé, sentada na cadeira da podóloga.  Ao meu lado direito, um vão. - Pode lixar com vontade, tá, gata?  Ao meu lado esquerdo, uma parede. Na minha frente, Lúcia sentada trabalhando. Ela veste um jaleco branco, luvas brancas.  - Ui.  Lucia usa máscara branca, óculos de grau de armação preta e rosa, touca branca. Veste calça branca e sapato branco com meia branca. - Pode lixar tranquila. Ai, que delícia. Cortei tudo, cara. Eu só fiz merda. Que que foi? Eita. O celular bipa. Whatsapp do André. - Tá. Aí. Aí, maravilhosa. Caraca, de Deus. Tá, dos...