A experiência de confinamento - o vizinho pagodeiro
(Escrito em 07 de abril de 2020)
Este momento de COVID19 nos causa temor, ansiedade, até um certo pânico.
Eu e minha família estamos reclusos totalmente. Hoje faço 21 dias sem sair de casa. Nem para ir ao mercado. Todas as compras que precisamos fazer, fazemos online.
Mas aconteceu um fato inédito. Dois, na verdade, seguidos.
Há um prédio, na minha rua, mas distante do meu por duas quadras. Este, é mais alto que o meu. E no domingo retrasado, dia 05 de abril, ouvimos um barulho. Como se fosse alguém cantando bem próximo a nós.
Fomos procurar e entre tantas varandas e prédios, achamos o cantor. Chama-se @plcantor. Ele estava tocando pagode, da sua varanda, para seus vizinhos.
Microfone, amplificador ligado, ele com a ginga, e ainda podia divulgar o seu trabalho (e o seu instagram!)
E, da minha casa, distante uns bons cem ou cento e cinquenta metros, podíamos ouvi-lo com nitidez. Daqui de casa, dançamos o pagode do @plcantor. E ouvíamos os vizinhos aplaudindo, comemorando, pedindo música.
No domingo seguinte (dia 13 de abril), ouvimos, novamente, o @plcantor. Dessa vez, a pedida era um karaokê, em que outras pessoas - além dele próprio - cantavam. Uma animação geral. Dessa vez, a pedida foi Legião Urbana e igualmente, nós e os vizinhos, cantamos e dançamos por aqui.
Que outras épocas teríamos esta conexão com alguém que nem conhecemos, de um prédio não tão vizinho assim?
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