Era uma velhinha...
Eu não sei seu nome. Nem perguntei. Não importa pra este conto. Nem pro nosso encontro. Fui à praia sozinha. Encontrei uma amiga por lá, depois; mas, na ida, no caminho, no encontro com meu lugar sagrado, eu estava só. Eu moro no início de Copacabana, e vou a praia no Leme. Então, é uma pequena caminhada, pelo calçadão, olhando as pessoas, o mar, as crianças, os cachorros... Olho tudo, menos os carros. (rs) Nossa personagem era magra, bem magra. Devia beirar os 70 anos. Vestia um shortinho de pano, deixando suas pernas brancas bezuntadas de protetor solar de fora, e uma camisetinha, combinando. Uma sapatilha branca, de pano, velhinha, compunha o conjunto. Tinha um olhar sorridente (embora não sorrisse), contemplativo. Parecia sozinha, sentada numa cadeira de rodas, na beirada do calçadão (a beirada mais próxima da areia). Percebi, a alguns metros, alguém semelhante a uma enfermeira. Uma moça mulata, baixinha, magrinha, pouco sorridente, comprando um coco....