Em observação, no Uber - 16

Hoje é sábado. São 10:47.

Estou no Uber, sentada.

Ao meu lado direito, porta e janela fechadas. Ao meu lado esquerdo, José Augusto dirigindo.

Eu também. Você sabe de que ele morreu, amor? Ele não morreu então ainda. Caramba. Ele é um dos meus autores favoritos. Ele é genial, né? Exatamente. A Lívia? Tadinha. Gracinha. Ela é linda. Isso. Que lindo. E ela? Ah sim. Aham. Ah sim do Pet. É aí que você trabalha? Sei. É hoje que você ia trabalhar né? Brigada por ter vindo amor. Você é Nilson. Que veio de Lumiar. Ah é. Me lembro que você tinha falado da Barra hoje. Isso é bom ou ruim? Puta que pariu. Puta que pariu. Não sei. Isso aí. Quintino. Ah que lindo. Minha oração favorita. É. O Rafael. Foi assaltado a mão armada cara. Ele ficou abilolado. Acho que ele foi pro motel com o cara não foi? É bizarro isso né? E ele não é um homem frágil né? Ele é grande, gordo. Não é o típico fragilizinho. É. É. A mãe deles. Puta que pariu. Sei. Ué. Meu pai chamava minha mãe de Zanelli. Eu sou chamada de Zanelli no Infnet. Eu também. Eu não gosto. Eu não gosto. Meu nome é Luana e não Zanelli. Zanelli é meu sobrenome. Caramba. O que é isso aqui? É o Engenhão? Isso. Caramba. Grande. Formatura. Todo mundo de preto? O que? É. Esqueci da bala do cara. Ia embora e ia levar a bala dele. Ah não vi. Aqui que é o Piquet Carneiro. Papo de banda. A casa da Zara. Isso. Eu venho sempre nela. Nilceia. É. Sim. Vejo. Sim. Mando claro. Ela é boa gente a beça. Que legal. Podia tirar a cama também né amor? Ah tá bom. Não.

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