Em observação, no ônibus - 190
Hoje é quinta-feira. São 06h27.
Estou no ônibus 415, sentada.
Ao meu lado direito, uma janela aberta. Ao meu lado esquerdo, um banco vazio. Na minha frente, um banco vazio.
Uma mulher senta na minha frente.
- Sabe como é, né? Mas é diferente. Agora.
Ela é branca, tem o cabelo loiro, liso e curto, preso em um rabo de cavalo. Usa óculos. Usa máscara branca descartável.
- É.
Fala ao celular.
Uma mulher senta ao meu lado esquerdo. Levanta.
Ao meu lado esquerdo, agora, um banco vazio.
A mulher sentada na minha frente gargalha.
- Mas é. Aí você deu a toalha pra ele. Não, mas ele.
Estou no ônibus 415, sentada.
Ao meu lado direito, uma janela aberta. Ao meu lado esquerdo, um banco vazio. Na minha frente, um banco vazio.
Uma mulher senta na minha frente.
- Sabe como é, né? Mas é diferente. Agora.
Ela é branca, tem o cabelo loiro, liso e curto, preso em um rabo de cavalo. Usa óculos. Usa máscara branca descartável.
- É.
Fala ao celular.
Uma mulher senta ao meu lado esquerdo. Levanta.
Ao meu lado esquerdo, agora, um banco vazio.
A mulher sentada na minha frente gargalha.
- Mas é. Aí você deu a toalha pra ele. Não, mas ele.
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