Em observação, no Sérgio Franco - 14

Hoje é domingo. São 08h40.

Estou no Laboratório Sérgio Franco, sentada no guichê três. 

Ao meu lado direito, uma cadeira verde vazia. Ao meu lado esquerdo, uma cadeira verde vazia. Na minha frente, uma mulher trabalhando. Ela é branca e magra. Tem o cabelo loiro, liso e comprido. Usa arco preto. Usa uma blusa bege do Sérgio Franco. Usa um anel de prata no dedo indicador da mão esquerda. Usa três brincos na orelha esquerda. Todos pequenos. Usa um piercing no nariz. Usa um cordão de ouro. Usa quadro brincos na orelha direita. Todos pequenos. E um piercing na orelha direita. Suas unhas são longas pintadas de um esmalte claro. Tem uma tatuagem preta no ante braço esquerdo. 

O celular bipa. Notificação do Google Fotos.

A mulher sentada na minha frente digita no computador. Risca um papel.

- Eita. Você sabe me dizer o valor? 202? E é só essa que eu não vou conseguir fazer hoje? Não. Eu uso DIU tem dois anos. Dez e meia da noite. 

Ela levanta e sai. 

Agora, na minha frente, uma cadeira verde vazia. 

- Essa B1 que você falou ele tinha falado que eu precisava fazer a B12. Ah sim. A B12 eu consigo fazer? A próxima vez que eu for fazer, eu consigo fazer com este papel? Ah, tá bom. 

Uma mulher passa atrás de mim. 

Um homem passa atrás de mim carregando uma mochila preta e um capacete preto. Ele é branco, magro e alto. Tem o cabelo castanho e curto. Veste bermuda preta e blusa preta. Calça tênis preto com meias pretas. 

Assino um papel. 

- Aqui. 

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