Em observação, no doutor Sérgio
Hoje é quinta-feira. São 9h07. Estou
no Edifício da Avenida Central, no consultório do doutor Sérgio Cordeiro, meu ortopedista.
Estou sentada na recepção, onde tem duas fileiras de seis cadeiras cada. Estou na primeira cadeira (à esquerda) da
primeira fileira. Do meu lado esquerdo, duas salas de atendimento (uma delas é
a do doutor Sérgio). Do meu lado direito, mais duas salas de atendimento, a
recepção e a entrada da clínica.
Ao meu lado direito, duas cadeiras
vazias e, nas outras duas cadeiras, dois rapazes sentados. Parecem
representantes comerciais de medicamentos. O exatamente ao meu lado levantou-se
agora. Usa uma calça social preta, sapato marrom, blusa social branca, de manga comprida, por dentro da calça.
No total, existem quatro
representantes comerciais, que, agora, permanecem de pé, conversando, animadamente, entre eles e com as
recepcionistas, que são duas e estão dentro do balcão. Um deles se chama Renato. O outro se chama Fabricio. Os outros
eu não sei o nome. Renato sentou atrás de mim e eu não consigo vê-lo mais.
Não consigo ouvir as conversas deles,
pois estão relativamente longe de mim, e porque falam todos ao mesmo tempo! E riem, e se sacaneiam. Todos devem ter uma média de 30 anos, estão vestidos socialmente, e carregam aquela "pasta-gorda", acoplada a um carrinho.
Mais próximo a mim está um deles –
que não sei o nome – que está de pé.
- O cara que corre, igual a gente,
vai atrás. Ele falou assim... vamos falar de coisa boa agora?
Um senhor sai do consultório do
doutor Sérgio, passa por mim, e sai da clínica.
- Luana? Próxima porta à esquerda!
- Obrigada, vou só salvar aqui.
- Obrigada, vou só salvar aqui.
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