Maria Valentina
O nome dela é Maria Valentina. Mas eu só soube seu nome no final do dia.
A encontrei no topo da escada, sozinha, quando cheguei.
Apesar de eu estar ali sempre, era a primeira vez que a via. Linda, linda, linda. Silenciosa. Olhos claros e expressivos. Um sorriso tímido. Sorria mais nos olhos do que nos lábios.
As pessoas, e eram muitas, que passavam por ela, elogiavam a sua beleza. Ela sorria.
Ao longo do dia, descobri que ela era filha dele. Brinquei e fui falar com ela e seu pai. Ela falou "nada a ver" e ainda continuou sorrindo. Com os olhos.
Ela ficou por ali, por perto, todo o tempo. Quieta. Observadora. Contemplativa.
Eu não a via exatamente. Mas sabia que estava ali. Os seus poucos anos não a fazem pequena.
Ao final, vi os dois conversando sobre figuras. O pai ensinando a ela sobre as histórias e explicando por que este tem palhas. O que significa tal coisa. E ela conversava. Olhava atenta. Observava tudo. Um olhar curioso, atento, sorridente.
Ainda, mais ao final, vi Maria Valentina ajudando ele na faxina. Ele com a vassoura. Ela, com a pá. De novo: juntos. Acho que cheguei a ouvi-lo se referir a ela como "minha companheirinha".
Qual o seu nome?, perguntei.
Maria Valentina, respondeu pausadamente.
Ela era lenta. Mas não devagar ou vagarosa. Mas observadora, contemplativa, presente. Como tudo que é lento precisa ser.
Seu olhar sorridente e sua beleza - não só dos cabelos loiros e olhos claros - impregnaram meu coração de admiração e alegria.
Obrigada, Maria Valentina. Foi rápido, o nosso encontro, mas já me ensinou tanto.
Apesar de eu estar ali sempre, era a primeira vez que a via. Linda, linda, linda. Silenciosa. Olhos claros e expressivos. Um sorriso tímido. Sorria mais nos olhos do que nos lábios.
As pessoas, e eram muitas, que passavam por ela, elogiavam a sua beleza. Ela sorria.
Ao longo do dia, descobri que ela era filha dele. Brinquei e fui falar com ela e seu pai. Ela falou "nada a ver" e ainda continuou sorrindo. Com os olhos.
Ela ficou por ali, por perto, todo o tempo. Quieta. Observadora. Contemplativa.
Eu não a via exatamente. Mas sabia que estava ali. Os seus poucos anos não a fazem pequena.
Ao final, vi os dois conversando sobre figuras. O pai ensinando a ela sobre as histórias e explicando por que este tem palhas. O que significa tal coisa. E ela conversava. Olhava atenta. Observava tudo. Um olhar curioso, atento, sorridente.
Ainda, mais ao final, vi Maria Valentina ajudando ele na faxina. Ele com a vassoura. Ela, com a pá. De novo: juntos. Acho que cheguei a ouvi-lo se referir a ela como "minha companheirinha".
Qual o seu nome?, perguntei.
Maria Valentina, respondeu pausadamente.
Ela era lenta. Mas não devagar ou vagarosa. Mas observadora, contemplativa, presente. Como tudo que é lento precisa ser.
Seu olhar sorridente e sua beleza - não só dos cabelos loiros e olhos claros - impregnaram meu coração de admiração e alegria.
Obrigada, Maria Valentina. Foi rápido, o nosso encontro, mas já me ensinou tanto.
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