Em observação, na clínica - 2
Hoje é segunda-feira. São 9h42.
Estou na recepção da clínica do
doutor Antonio Carlos, sentada em um sofá.
Ao meu lado direito, a porta de
vidro, que dá acesso ao hall dos elevadores. Ao meu lado esquerdo, um sofá
vazio. Na minha frente, o vão por onde as pessoas passam.
Uma mulher passa na minha frente. É
branca, magra, baixa, cabelo castanho, liso. Veste uma calça estampada, um
casaco bege, uma sandália marrom, e uma bolsa bege. Usa óculos escuros.
- Espero, por mim, pela minha filha,
espero não vir aqui tão cedo. Depois do susto, né? Por mim, eu vou ter que vir
aqui até o final do ano, por causa da idade. Tchau, até logo.
Ela sai e fecha a porta de vidro
atrás dela.
Estou, agora, sozinha na recepção. A
Débora, secretária, fica atrás do balcão.
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