Muitas
Eu nasci
Luana.
Luana
Zanelli Moreira de Oliveira.
E, antes de
eu ser Luana
Eu era “a
neném”
Como minha
nave-espacial me chamava
Antes de
saber que eu era
Uma menina
sem cabelos
(Até os dois
anos)
Ao longo da
vida
Fui ganhando
outras denominações
Luaninha,
pelas tias
Lu e Lulu, pelas amigas
Tive a época
de ser chamada de Xuxa pelo pai
Muito antes
da Xuxa iniciar a carreira
Quando ela
apareceu
Voltei a ser
Luana
Alguns
(poucos) amigos me chamam de Lua
Meu segundo
apelido preferido
Minha mãe
sempre me deu apelidos
Eu era
Luquinha
Ou Luca
Ou apenas
Quinha
Quinhazinha
quando pedia favor
Qui quando
tinha preguiça
(o que Qui
remete à “Luana”?)
E, só entre
a gente, Luca-ra-caca
Assim,
falado tudo junto: Lucaracaca.
Por mais
estranho que possa parecer
Eu amava
todas estas denominações.
A mãe
morreu.
Com ela,
todos os meus apelidos.
Luca,
Luquinha, Quinha, Qui
Eram (são)
apelidos muito particulares
E pessoais
E íntimos
Mas eis que
ele chegou.
Assim,
sorrateiramente.
Eu entrei
num hiato.
E, como num
suspiro,
A gente se
tornou um do outro.
E, quando
vimos
Eu deixei de
ser Luana
Para ser Lua
E deixei de
ser Lua
Para ser
Quinha
Apelido que,
novamente, carrego com muito orgulho
Só ele pode
Mais ninguém
Este é meu
eterno e mais significativo apelido
E, há
algumas semanas
Descobri que
Nos momentos
mais irônicos
Que lhe são
peculiares
Eu posso
deixar de ser isso tudo
E ser apenas
Zuana
Lanelli
O melhor de
tudo
É que em
todas elas
Eu sou eu
mesma.
E a única e
mais absoluta
Certeza de
todas
É de que, independente
do nome que eu tenha
Eu sou dele.
Sempre.
Todos os dias. E inteira.
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