Sexta-feira - véspera do Carnaval

O dia começou cedo, com bastante trabalho. Foi de 8h às 16h, direto. Neste intervalo, atendendo em consultório e convocando candidatos para entrevista (além de outras atividades muito prazerosas). No contato com candidatos, ouvi diversas vezes "Feliz Carnaval para a senhora".

Eles mal sabem, mas eu sou muito grata pelas gentilezas que recebo.

Finalizando o dia de trabalho, como há tempos não fazia, resolvi dar uma pequena corrida, no meu canto. Coloquei qualquer roupa e o tênis habitual de sempre. Descendo do elevador e procurando o porteiro para deixar minhas chaves na portaria, ouço, atrás de mim:

- Vai caminhar, lindona?

Olho pra trás, e lá está ele, com roupinha toda esporte também, banho tomado e cheiroso.

- Vamos? Bora?

Dei um abraço, apertado...

- Nada. Hoje é dia de ficar em casa. Boa corrida. Você está linda! Corpaço!

- E você é lindo!

[Um doce pra quem adivinhar. Começa com Jean e termina com Wyllys. Sim, ele mora no meu prédio...]

Saí em direção ao meu canto. Já na praia, o clima era gostoso:

  • A maior concentração de turistas por metro quadrado;
  • Crianças fantasiadas de bailarinas, bahianas, super-heróis, etc.;
  • Cães com colar havaiana (coitados), independente se era cão pequeno, grande, etc.
  • Homens e mulheres fantasiado(a)s. Não quero parecer sexista, mas as fantasias deles eram as mais engraçadas possíveis. E, claro, todos em bando!
Sobre os homens fantasiados...
  • Tinham os Flinstones, de todos os personagens possíveis.
  • Tinham os super-heróis.
  • Mas, os que pararam a praia era o grupo de quatro: uma moça (de Papa) e três rapazes, de freiras. TOTALMENTE a caráter. Pior: estavam CORRENDO. Não em direção a bloco, ou se exibindo. Apenas se exercitando, tal como eu. Só que fantasiados.
Eu, que não tenho o padrão-beleza-carioca e não me importo de ser-parecer maluca, corro, ando, páro, fotografo, rio, observo gente, etc. E, hoje eu dei sorte: na radinho, do celular, só tocava música boa. E, não é porque eu estou no fone de ouvido que eu não posso cantar. E eu canto. Tipo você, no chuveiro, quando está sozinho em casa? Sou eu, cantando, enquanto corro-caminho-corro na orla. Alguns me olhavam tipo "quem é aquela maluca".

Eles não sabem, mas eles são os intrusos, porque este canto, é meu. E, como "praia", pra mim, é sinônimo de "casa", é este o lugar que me sinto mais à vontade.

E que bom voltar a correr e ver tanta gente (falsa ou verdadeiramente) feliz, pelo caminho.



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