Em observação, no Espaço da Mulher - 11
Hoje é quinta-feira. São 8h41.
Estou no Espaço da Mulher, sentada
em uma mesa. Na minha frente, duas cadeiras vazias. Ao meu lado esquerdo, uma
cadeira com minha mochila em cima. Ao meu lado direito, uma cadeira vazia.
Por aqui, tudo aceso e silencioso.
Batem na porta. Atendo uma senhora.
- Bom dia, posso ajudar a senhora?
Ah, legal, e a senhora tá dando um passeio? Nós somos o Espaço da Mulher, temos
uma série de eventos, de cursos, palestras, eventos. É o brechó, pra venda. Aceitamos
sim. Não, infelizmente. Isso mesmo, pra manter o Espaço. Leva o meu cartão. Eu
mesma. Prazer, dona Fátima. Tchau, por nada.
Fátima vai embora.
- Bom dia. Posso ajudar a senhora? Bom
que hoje a senhora passou e está aberto. Temos sim. Hoje não. Talvez só agosto.
Vou lhe dar meu cartão pra senhora, que aí a senhora me manda um e-mail e eu
mando sempre a programação para a senhora. Legal. Eu mesma. Entendi. Eu estou
aqui todas as quintas-feiras, de 8h às 12h. Quando a senhora quiser... É, só de
manhã. Que horas a senhora trabalha? Eventualmente, eu fico aqui até 13h ou
14h. Porque às 14h entra outra profissional. Posso conversar com ela e atender
a senhora após o horário do seu trabalho. É R$ 20. Legal. Só a senhora ligar e
marcar. Pode sim. Vou esperar a senhora. Tchau.
Marinete vai embora.
Volto ao silêncio.
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